MYRSINACEAE

Myrsine villosissima A.DC.

Como citar:

Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho; Tainan Messina. 2012. Myrsine villosissima (MYRSINACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

86.340,841 Km2

AOO:

72,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie ocorre nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo (Freitas, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Critério: B2ab(ii,iii,iv)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Myrsinevillosissima </i>caracteriza-se por arbustos ou arvoretas, rupícolas. Endêmica do Brasil, ocorre nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e, possivelmente, Espírito Santo. É restrita ao bioma Mata Atlântica, onde se desenvolve em Floresta Ombrófila Densa, em afloramentos rochosos. Apresenta AOO de 68 km², e encontra-se sob quatro situações de ameaça: expansão urbana, agricultura, pecuária e queimadas. A espécie está protegida pelo Parque Nacional do Itatiaia, Parque Estadual do Desengano (RJ), Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual da Serra da Bocaina (SP) e Parque Estadual do Itacolomi (MG). São necessários investimentos em pesquisa científica e esforços de coleta a fim de certificar a existência da espécie, bem como, novas subpopulações, considerando sua viabilidade populacional e sua proteção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​Descrita em Flora 24(2, Beibl.): 18. 1841.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em Floresta Ombrófila Densa, em afloramentos rochosos (Freitas; Carrijo, 2009).
Habitats: 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude, 4 Grassland
Detalhes: Caracteriza-se por arbustos ou arvoretas, de 1-1,5(4)m de altura (Freitas, 2003).

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire local
OParque Nacional do Itatiaia apresenta ao longo de sua história episódios deincêndios extensos e duradouros, como o ocorrido em 1963 que atingiu cerca de10.000 ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias. Aximoff; Rodrigues(2011), com base nos incêndios ocorridos em 2001 (600 ha), 2004 (600 ha) e 2007(800 ha), sugerem padrão de ocorrência trienal para os grandes incêndios mesmoque em áreas não sobrepostas (dados dos limites do incêndio de 2004 não foramencontrados). De maneira a reforçar esta hipótese, em 2010 o PNI teve mais de1.100 ha de campos de altitude queimados em um único incêndio (Aximoff, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
OParque Estadual do Itacolomi sofre com incêndios contantes. Segundo Drummond(2009), grande área dos Campos Rupestres desta unidade de conservação (SNUC) queimaramno ano de 2007 (Drummond, 2009).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire local
NoParque Nacional do Itatiaia, os incêndios vêm progressivamente modificando apaisagem, ampliando os limites das pastagens com a queima de florestasalto-montanas e dos campos de altitude, modificando as comunidades vegetais,mesmo aquelas que o fogo não agiu diretamente (Ribeiro et al., 2007), e porúltimo, fazendo com que as espécies ameaçadas se tornem cada vez mais raras edifíceis de serem encontradas, como é o caso de Hindsia glabra (Rubiaceae),outrora comum e atualmente está representada por poucos indivíduos isolados erestritos a pequenos espaços entre grandes blocos de pedra (obs. pess.) (Aximoff; Rodrigues, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.3 Wood local
Umadas maiores ameaças a biodiversidade do Parque Estadual do Itacolomi teveinicio em décadas passadas, quando ocorreu a retirada da maior parte dafloresta nativa para uso de madeira em carvoarias, implantação de pastagens eagricultura (Melo et al.,2009).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining
Aretirada da cobertura vegetal para a implantação de atividades de mineração(abertura de cavas e implantação de barragens de rejeito) representam, historicamente,uma atividade altamente impactante (Melo et al., 2009).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
Aespécie consta no Anexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de Setembro de2008 (MMA, 2008) sendo considerada oficialmente ameaçada de extinção. Foiconsiderada "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida pelaFundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Ocorre em unidades de conservação (SNUC): Parque Nacional do Itatiaia e Parque Estadual do Desengano, no Estado do Rio de Janeiro, Parque Estadual da Serra do Mar e Parque Estadual da Serra da Bocaina, em São Paulo e Parque Estadual do Itacolomi, em Minas Gerais (CNCFlora, 2012).